
Áreas de Intervenção
Família e Relacionamentos
Como poderemos saber o que precisamos de viver e curar se essa informação, congelada, permanece oculta no grande iceberg do nosso inconsciente?
A única maneira que temos de entrar em contacto com os conteúdos congelados no nosso corpo e na nossa psique é pedir ao outro – fora de nós – que se torne, ao vivo e a cores, na possibilidade de despertar e acordar esses conteúdos. Para isso, vamos fazer pactos de amor profundos, pedindo‐lhe que se transforme na frequência de vibração capaz de acordar, ativar e servir de gatilho para que essas memórias venham à superfície e possamos voltar a lidar com o que foi esquecido ou congelado por nós.
As relações que temos com todas as pessoas que se cruzam no nosso caminho são espelhos da nossa alma, reflexos do nosso inconsciente e projeções perfeitas da nossa psique. São uma enorme bênção, pois revelam o que sozinhos não conseguimos ver e são a única forma que temos, neste plano, de nos conectarmos connosco.
O impacto e a importância da existência do outro na nossa vida são perfeitos, momento a momento. Cada pessoa entra na nossa vida com um propósito espiritual, e cada um de nós está na vida do outro com um propósito espiritual. O plano divino está sempre em ação para todos ao mesmo tempo.
Como seres humanos com uma curta experiência terrena, não podemos deixar de estar em relação. Somos relação em toda a nossa existência. Dentro de nós, no funcionamento das nossas células, na interação dos nossos órgãos, no fluxo da vida com os elementos da Terra, nos padrões energéticos visíveis e invisíveis, na nossa relação com o processo evolutivo da consciência rumo ao amor, à unidade e à neutralidade.
Vivemos num vasto mundo de espelhos!
O trabalho é ativado no exterior para que voltes a tua atenção para dentro e, assim, tenhas a oportunidade de abraçar o que havias rejeitado, excluído e não integrado em ti.
A consciência Sistémica é uma filosofia de vida, uma abordagem que muda totalmente a nossa forma de olhar e estar na vida. Passamos a compreender que todos os eventos biográficos nos servem de informação para descodificar o que, na verdade, precisa de ser visto, curado e amado dentro de nós. Passamos a reconhecer que a realidade exterior é, efetivamente, a materialização da nossa realidade interior e que todas as pessoas e acontecimentos são uma oportunidade que damos a nós próprios de lidar com os conteúdos internos importantes, os quais devem ser revelados para a nossa evolução e pacificação.
Ao incluirmos a Visão Sistémica nas nossas vidas, compreendemos que, no grande iceberg do nosso inconsciente, residem as dores, sensações, destinos difíceis, sonhos não realizados, possibilidades e impossibilidades, talentos, recursos e todas as memórias emocionais dos nossos antepassados. Carregamos em nós a história do nosso clã familiar, da cultura do nosso país, da história dos tempos e do inconsciente coletivo da humanidade. Somos feitos da mesma massa mãe e, biologicamente, trazemos essa memória guardada nas nossas células.
Esta consciência permite-nos olhar para a família e os relacionamentos e para essa teia invisível de conexões, e reconhecer como essas influências moldam a nossa vida. Ao tornar visível o que antes estava oculto, abre-se espaço para a reconciliação, a transformação e um novo equilíbrio.

A família é o núcleo da sociedade, e as Ordens do Amor ajudam-nos a compreender onde o amor deixou de fluir, revelando os desequilíbrios e os emaranhamentos que influenciam as relações. A Consciência Sistémica permite-nos olhar para além do que é visível, trazendo clareza sobre os conflitos e tensões entre pais e filhos, marido e mulher, irmãos e outros membros da família. Através deste olhar mais profundo, torna-se possível restaurar a harmonia e permitir que o amor volte a ocupar o seu lugar natural.
Os Relacionamentos são por excelência um dos maiores desafios do nosso processo de individuação e ascensão como Seres humanos. O encontro entre duas Almas é do ponto de vista sistémico um evento onde os inconscientes de ambos se encontram numa dança onde são convidados a acordar as memórias, os padrões pessoais, familiares e ancestrais de ambos. Os inconscientes apaixonam-se para que o outro se transforme nas partes de mim que não consigo ver e dar voz.
A abordagem da Consciência Sistémica permite-nos identificar os padrões, as heranças e o lugar de criança onde ficámos emaranhados e assim denunciar onde empoderamos o outro de se transformar no que precisa de ser recordado, vivido e resgatado por nós.